Seminário Masculinidades no Século XXI. Universidade Federal do Pará. BRASIL. 27/11
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Seminário Masculinidades no Século XXI: permanências e rupturas
O NUFEN realiza pesquisas, intervenções e produz bibliografias na linha*gêneros, saúde e violências*, campo em que este evento de intercâmbio, socialização de conhecimento e formação de redes para comunicação interprofissionais se insere. O acontecimento se constitui de um curso de*psicoterapia aplicada a violência de gênero em 26/11/2012 de 08-12h e de 14-18h e do seminário em 27 e 28 de novembro de 2012, das 14 as 19 horas.*
Denominado de*MASCULINIDADES NO SÉCULO XXI: PERMANÊNCIAS E RUPTURAS,*objetiva examinar as formas que as subjetividades masculinas são constituídas no contexto da hipermodernidade e atravessadas pelos conceitos de gênero, patriarcado moderno e contratual e violência privada.
O que significa a categoria masculinidade? É um signo plural? São duas questões que o seminário pretende focalizar. O termo aparece pela 1ª vez em 1734, citado no terceiro volume do Dicionário de Autoridades da Real Academia Espanhola. Entretanto, entendemos que não se refere unicamente a um vocábulo, mas a ideologias veiculadas por meio de instituições e políticas.
Quais ideologias são transmitidas cotidianamente no percurso da constituição das masculinidades? No início do século XXI, cada vez mais a Psicologia Clínica de base Fenomenológica Hermenêutica produz pesquisas que dialogam com os recortes da psicologia histórico crítica e das ciências humanas, sobretudo Sociologia, Antropologia e Filosofia visando desvelar alguns dos condicionantes que reforçam os ideários que a sociedade cria para a conservação da masculinidade hegemônica e dos modelos alternativos para enfrentar a tensão e o conflito gerado para manter e sustentar um modo de vida prefixado e repleto de vantagens para a masculinidade dominante.
À intertextualidade do debate das masculinidades agregamos uma análise de duas temáticas interligadas aos processos de subjetivação e de gêneros:*saúde e violência conjugal*. Ambas repercutem na gênese da subjetividade por meio da reprodução da desigualdade estrutural, isto é, da socialização, da educação, do ensino e das aprendizagens que integram e reproduzem estereótipos de gênero e dominação.
No Brasil, alguns marcos legais que norteiam a elaboração de políticas públicas para as ações voltadas as masculinidades relacionais (com outros homens, mulheres, filhos, etc), são, por exemplo,*a promulgação da lei 11340/2006, conhecida como lei Maria da Penha;*a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem vinculada com a Política Nacional de Atenção básica, proposta em 2008 pelo Ministério da Saúde visando estimular o auto-cuidado masculino,*a promulgação da lei 11489/2007 que institui 06/12 o dia da mobilização nacional dos homens pelo fim da violência contra as Mulheres.*Estas medidas, ainda, são incipientes para superar as dissonâncias entre o vivido por cada sujeito, a ideologia e as representações do discurso coletivo para as masculinidades, saúde e violência conjugal; todavia são indicativos de mudança para uma sociedade mais igualitária e menos escravizada pela violência entre gêneros.
O curso e o seminário são ações permanentes do NUFEN. Em parceria com o Curso de Psicologia da Universidade da Amazônia, através da Professora Especialista Dorotea Albuquerque, mestranda no Programa de Pós-graduação em Psicologia na UFPA e integrante do NUFEN, e com o Conselho Regional de Psicologia – CRP/10,*será realizado no auditório D. Alberto Ramos localizado no Campus da Senador Lemos.*
*As inscrições para o curso terão o valor simbólico de cinquenta reais e para o seminário de vinte reais para cobrir as despesas de produção do evento.*
